segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

31ª Segunda-feira Depois de Pentecostes

PRÉ-FESTA DA TEOFANIA
17 de Janeiro de 2022 (CC) 04 de Janeiro (CE)
Synaxis dos 70 Santos Discípulos do Senhor; São Teoctitus;
Higúmeno Cucume. Eutímio, o Novo; Santa venerável Sinclética.

Tom 5



A festa litúrgica da Synaxis dos Setenta Apóstolos foi estabelecida pela Igreja Ortodoxa para indicar que os setenta primeiros apóstolos eram iguais em sua honra. Foram enviados, de dois em dois, pelo Senhor Jesus Cristo a irem adiante d’Ele às cidades que visitaria (Lc 10,1). Além da celebração da Synaxis dos Santos Discípulos, a Igreja comemora a memória de cada um deles durante o ano:   
1. São Tiago, o irmão do Senhor (outubro, 23);
2. Marcos, o Evangelista (abril 25);
3. Lucas o Evangelista (outubro 18);
4. Cleófas (outubro, 30), irmão de São José,
5. Simão, filho de Cleófas (abril 27);
6. Barnabé (junho 11);
7. José ou Iosef, também chamado Barnabé ou Justo (outubro 30);
8. Tadeu (agosto 21);
9. Ananias (outubro 1);
10. Protomártir Estêvão, o Arquidiácono (dezembro 27);
11. Felipe, o diácono (outubro 11);
12. Prócoro, o diácono (28 julho);
13. Nicanor, o diácono (julho 28 e dezembro 28);
14. Timon, o diácono (julho 28 e dezembro 30);
15. Parmenas, o diácono (julho 28);
16. Timóteo (janeiro 22);
17. Tito (agosto 25);
18. Filemon (novembro 22 e fevereiro 19);
19. Onésimo (fevereiro 15);
20. Epáfras (22 de novembro)
21. Arquipo (19 de fevereiro);
22. Silas, (julho 30);
23. Silvano, (julho 30);
24. Crescêncio (julho 30);
25. Crispos (julho 30);
26. Epênetos (julho 30);
27. Andrônico (maio 17 e julho 30);
28. Eustáquio, (outubro 31)
29. Amplias, (outubro 31)
30. Urbano, (outubro 31)
31. Narciso, (outubro 31)
32. Apolo (outubro 31);
33. Aristóbolo (outubro 31 e março 16);
34. Herodião ou Rodion (abril 8 e novembro 10);
35. Ágabos, (8 de abril);
36. Rufos, (8 de abril);
37. Asincrito, (8 de abril);
38. Flegon (8 de abril);
39. Hermas (novembro 5, novembro 30 e maio 31);
40. Pátrobas (novembro 5);
41. Hermas (abril 8);
42. Lino, (novembro 5)
43. Gaius, (novembro 5)
44. Filológo (novembro 5);
45. Lucio (setembro 10);
46. Jason (abril 28);
47. Sosípato (abril 28 e novembro 10);
48. Olimpos ou Olimpanos (novembro 10);
49. Tertius (outubro 30 e novembro 10);
50. Erastos (novembro 30),
51. Quarto (novembro 10);
52. Euodius (setembro 7);
53. Onesíforo (setembro 7 e dezembro 8);
54. Clemente (novembro 25);
55. Sóstenes (dezembro 8);
56. Apólos (março 30 e dezembro 8);
57. Tictus, (dezembro 8);
58. Epafrodito (dezembro 8);
59. Carpo (maio 26);
60. Quadrato (setembro 21);
61. Marcos (setembro 27), chamado João,
62. Zeno (setembro 27);
63. Aristarco (abril 15 e setembro 27);
64. Pudens (abril 15);
65. Trófimo (abril 15);
66. Marcos, o primo de Barnabé, (outubro 30);
67. Artemas (outubro 30);
68. Áquila (julho 14);
69. Fortunato (junho 15) e
70. Acaios (janeiro 4).

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Hebreus 11:17-23, 27-31

Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; E daí também em figura ele o recobrou. Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras. Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão. Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos. Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse. Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram. Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.

Marcos 12:13-17

13 Enviaram-lhe então alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. 14 Aproximando-se, pois, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e de ninguém se te dá; porque não olhas à aparência dos homens, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus; é lícito dar tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos? 15 Mas Jesus, percebendo a hipocrisia deles, respondeu-lhes: Por que me experimentais? trazei-me um denário para que eu o veja. 16 E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes Jesus: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe: De César. 17 Disse-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele.

† † †

ENSINO DOS SANTOS PADRES


“O que Deus te pede? Sua imagem”

Buscas a imagem de Deus? Você a tem em si mesmo; o artífice não pode fazer a imagem de Deus, mas Deus pode fazer uma imagem de si mesmo. Não fez outro distinto de ti mesmo, mas que te fez a ti a sua imagem. Adorando, pois, a imagem de homem que o artífice fez, profana a imagem de Deus, que Deus imprimiu em ti mesmo. Portanto, quando te chama para que voltes, quer devolver-te aquela imagem que tu, esfregando-a em certo modo com a ambição terrena, perdeste e obscureceste.

Daqui procede, irmãos, que Deus busque a sua imagem em nós. Isto foi o que recordou àqueles judeus que lhe apresentaram uma moeda. Quando lhe disseram: Senhor, é lícito pagar tributo a César?, sua primeira intenção era lhe tentar; se dizia “é lícito”, seria acusado de querer que Israel vivesse sob maldição, ao querer que estivesse submetido a tributo, que estivesse sob o jugo de outro rei e pagasse impostos; se, porém, dizia “não é lícito pagar tributo”, lhe acusariam de ordenar algo contra o César e de ser o causante de que não pagassem os impostos devidos enquanto povo submetido.

Conheceu que lhe tentavam; conheceu, por assim dizer, a verdade para a falsidade e com poucas palavras deixou exposta a mentira procedente da boca dos mentirosos. Não emitiu a sentença contra eles por sua boca, mas deixou que eles mesmos a emitissem contra si, segundo o que está escrito: Por tuas palavras serás declarado justo e por elas declarado inocente. Por que me tentais, hipócritas? Ele lhes disse.

Mostrai-me a moeda. Mostraram-na para ele. De quem, disse, é a imagem e a inscrição? Responderam: De César. E ele: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Como César busca a sua imagem em sua moeda, assim Deus busca a sua em tua alma. Dai a César, disse, o que é de César. O que César te pede? Sua imagem. O que Deus te pede? Sua imagem. Porém, a do César está na moeda, a de Deus está em ti. Se alguma vez perdes uma moeda, choras porque perdeste a imagem do César; e não choras quando adoras um ídolo sabendo que fazes uma injúria à imagem de Deus que reside em ti?

Agostinho, bispo de Hypona (séc. V)


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“Entregar a Deus a sua imagem intacta em nós”

Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. O pintor desta imagem é o Filho de Deus. E por tratar-se de pintor tão grandioso e perito, sua imagem pode se tornar feia pela negligência, mas não apagada pela malícia. Pois a imagem de Deus permanece sempre em ti, mesmo quando tu mesmo sobreponhas à imagem do homem terreno. Esta imagem do homem terreno, que Deus não esboçou em ti, tu mesmo te vais pintando através das variadas escalas de tipos de malícia, como uma combinação de diversas cores. 

Por isso temos de suplicar àquele que diz pela boca do profeta: Dissipei tuas rebeliões como névoa; os teus pecados como nuvem. E quando tiver apagado em ti todas estas cores procedentes das fraudes da malícia, então resplandecerá em ti a imagem criada por Deus. Já percebes como as Sagradas Escrituras comparam formas e figuras mediante as quais a alma aprenda a conhecer-se e a purificar-se a si mesma.

Queres contemplar ainda esta imagem a partir de outra perspectiva? Existem cartas que Deus escreve e cartas que nós escrevemos. As cartas do pecado nós as escrevemos. Escuta como se expressa o apóstolo: Cancelou – disse – o documento que nos condenava com suas cláusulas e era contra nós; aboliu-o definitivamente, cravando-o na cruz. Isto que o apóstolo chama documento, foi a caução de nossos pecados. Porque cada um de nós é devedor daquilo em que delinque e escreve a carta de seus pecados. Pois, no juízo de Deus – cuja abertura descreve Daniel –, diz que os livros se abriram: sem dúvida aqueles livros que contêm os pecados dos homens.

Estes livros nós os escrevemos com as culpas que cometemos. Disto concluímos que as nossas cartas são escritas pelo pecado; as de Deus pela justiça. Assim, de fato, o afirma o apóstolo: Vós sois uma carta, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, em vossos corações. Tens, pois, a carta de Deus em ti, e a carta do Espírito Santo. Mas se pecas, tu mesmo assinas o documento do pecado.

Porém, observa como ao aproximar-te somente uma vez da cruz de Cristo e da graça do batismo, teu documento foi cravado na cruz e apagado na fonte batismal. Não voltes a escrever novamente o que foi apagado, nem restaures o que foi abolido; conserva em ti unicamente a carta de Deus; que permaneça em ti a Escritura do Espírito Santo.

Orígenes (séc. III)

Fonte: Lecionário Patrístico

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