terça-feira, 27 de agosto de 2024

10ª Terça-feira Depois de Pentecostes

PRÉ-FESTA DA DORMIÇÃO DA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
27 de Agosto 2024 (CC) / 14 de Agosto (CE)
S. Miquéias, profeta (séc. VIII a.C.).
Jejum da Dormição da Santíssima Mãe de Deus
Tom 8



Natural de Moreset-Gat em Hebron, um pequeno povoado ao sul de Jerusalém, Miquéias foi um profeta bíblico que profetizou durante os reinados de Joatão, de Acaz e de Ezequias, reis de Judá, sendo assim contemporâneo de Isaías, outro profeta bíblico. Tendo vivido na época das invasões assírias sobre os reinos da Samaria e de Judá, os seus vaticínios são dirigidos contra ambos os reinos, aos quais ameaça com o castigo por intermédio dos assírios.

Sobre Miquéias há referências no livro do profeta Jeremias (Jr 26, 18), quando quiseram matar Jeremias por causa de suas previsões sobre a destruição de Jerusalém. Alguns líderes o defenderam alegando que Miquéias previra o mesmo no tempo do rei Ezequias sem que, por isso, tenha sido perseguido. Apenas uma parte dos discursos de Miquéias foi preservada, sendo que o restante, muito provavelmente, foi destruído durante as perseguições aos profetas por Manassés.

O principal pensamento do profeta Miquéias é que o Senhor, fiel ao seu compromisso com o povo eleito, o purifica mediante os desastres e o arrependimento, e o fará entrar (e através dele também os pagãos) no Reino do Messias. O livro contém as profecias sobre a destruição da Samaria e sobre o aniquilamento de Jerusalém, as promessas de salvação a Israel através do Líder de Belém e a indicação do caminho da salvação. Miquéias defende aos pobres e desditados de seu povo e acusa de crueldade e orgulho aos ricos. 
"Desapareceram os homens piedosos da terra, não há quem seja íntegro entre os homens. Todos andam à espreita para derramar sangue, cada um arma laços ao seu irmão. Suas mãos estão prontas para o mal: o príncipe exige (um presente), o juiz cobra as suas sentenças, o grande manifesta abertamente suas cobiças, todos tramam (suas intrigas). O melhor dentre eles é como um silvedo, o mais íntegro, como uma sebe de espinhos. No dia anunciado por teus vigias, vem o castigo: eles serão completamente destruídos" (Mq 7, 2-4). 
O seu livro bíblico (Livro de Miquéias), classificado pela Bíblia Cristã como livro profético, divide-se em três seções: na primeira condena os pecados da Samaria e de Judá, principalmente as injustiças praticadas pelos ricos e poderosos que despojavam injustamente os pobres; a segunda começa com um vaticínio sobre a restauração de Jerusalém, sobre a qual virão as nações estrangeiras e das quais esta se libertará; a terceira corresponde a um processo contra Jerusalém devido às suas idolatrias.

Isto é o que o Senhor espera do homem: 
«Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus». (Mq 6, 8). O profeta termina seu livro dirigindo-se a Deus: «Qual é o Deus que, como Tu, apaga a iniqüidade e perdoa o pecado do resto de seu povo, que não se ira para sempre porque prefere a misericórdia? Uma vez mais, tem piedade de nós! Esquece as nossas faltas e joga nossos pecados nas profundezas do mar!» (Mq 7,18-19). 
Conteúdo do livro de Miquéias: a destruição de Jerusalém e Samaria (1-2); o pecado do povo de Judá (3); o Reino do Messias (4); o nascimento de Cristo em Belém (5); o Juízo sobre os povos (6); e a misericórdia para com os fiéis (7).

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

1 Coríntios 15:29-38

Fragmento 161 - Irmãos, outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? E por que nos expomos também nós a perigos a toda hora? Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vós tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias. Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa. Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E com que qualidade de corpo vêm? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
Acerca do batismo pelos mortos, muitos intérpretes entendem que era uma espécie de batismo vicário que os cristãos batizados faziam pelos catecúmenos falecidos.  Contudo, não existe na Santa Tradição nenhuma referência sobre a pratica de batismo pelos mortos nas santas Igrejas de Deus. São João Crisóstomo dizia que a referência de São Paulo a este costume, nada mais era do que um comentário irônico sobre as práticas dos hereges marcionitas. Epiphanius diz que se refere a um costume dos seguidores de Cerinthus, outro mestre gnóstico, além de Marcião. 
Como os mortos ressuscitarão? Como é o corpo da ressurreição?  O presente corpo é apenas uma semente (v. 38) do corpo que virá.

Mateus 21:23-27

Fragmento em 85 - Naquele tempo, Jesus entrara no templo, e estando a ensinar, aproximaram-se d’Ele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, e perguntaram: Com que autoridade fazes Tu estas coisas? E quem Te deu tal autoridade? Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos perguntarei uma coisa; se me responderes, eu de igual modo vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João, donde era? Do céu ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, Ele nos dirá: Então por que não o crestes? Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. Responderam, pois, a Jesus: Não sabemos. Disse-lhe Ele: Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
Como Cristo não era um sacerdote levítico, os principais sacerdotes, os anciãos O inquirem sobre Sua autoridade para purificar o templo. Como Cristo tem o cuidado de não se revelar àqueles farsantes, Ele os confunde com uma pergunta sobre a autoridade de João Batista. Tanto a pergunta dos anciãos quanto a pergunta de Cristo exigem a mesma resposta e, portanto, levariam uma pessoa a confessar que Jesus veio do céu. Ao não responder diretamente a eles, Cristo ensina que não devemos responder às pessoas que trazem perguntas sobre coisas santas com intenção maliciosa.


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