terça-feira, 6 de agosto de 2024

7ª Terça-feira Depois de Pentecostes

06 de Agosto de 2024 (CC) / 24 de Julho (CE)
Santa Mártir Cristina († 300 d.C);
Santos Grão-Duques Mártires Bóris e Gleb († 1015 d.C)
Tom 5



Cristina nasceu na cidade de Tiro. Ela era filha de Urban, o vice-imperial, um adorador de ídolos. A razão pela qual seus pais lhe deram o nome de Christina é desconhecida, mas continha em si o mistério do seu futuro seguimento de Cristo. Até a idade de onze anos ela não sabia nada de Cristo. Quando chegou a essa idade, seu pai a fez viver no topo de uma torre alta, a fim de protegê-la do mundo, por causa de sua extraordinária beleza. Ele planejava que ela lá crescesse até atingir a maturidade plena. Todos os confortos da vida lhe foram oferecidos: escravos para servi-la, ouro e ídolos de prata, aos quais poderia lhes oferecer sacrifícios diariamente. 

No entanto, a alma do jovem Cristina estava triste neste ambiente isolado e idólatra. Olhando pela janela todos os dias o sol e toda a beleza do mundo, e novamente à noite para as constelações de estrelas refulgentes, Cristina chegou a uma firme crença no Único Deus vivo através de seu próprio entendimento natural. Deus misericordioso, vendo seu desejo pela verdade, enviou o seu anjo para rastrear o sinal da cruz em cima de Cristina. O anjo chamou-a noiva de Cristo, e instruiu-a plenamente no conhecimento das coisas divinas. 
Então, Cristina quebrou todos os ídolos em seus aposentos, provocando uma selvagem fúria em seu pai. Ele a trouxe a julgamento e entregou para ser torturada e presa, com a intenção de tê-la decapitado no dia seguinte. Naquela noite Urban, que tinha estado em plena saúde, vomitava sua alma e foi para a cova ante sua filha. Depois disso, dois deputados imperiais, Dion e Julian, continuaram a torturar esta santa virgem. A resistência corajosa de Cristina e os milagres operados pelo poder de Deus converteu muitos pagãos de Tiro ao cristianismo. Durante a tortura de Christina, Dion de repente caiu morto no meio do povo. O sucessor de Dion, Julian, extraiu os seios e a língua de Cristina. A mártir jogou sua língua cortada no rosto de Julian, e ele imediatamente ficou cego. Finalmente, o seu sofrimento por Cristo terminou sob a espada afiada, mas sua vida continua unida ao Imortal e aos anjos. Santa Cristina padeceu gloriosamente no século III. 
Tropárion da Santa Mártir Cristina Tom 4:  A Tua Cordeirinha Cristina, bradando, exclama a Ti: / "Eu te amo, ó meu noivo, / e, procurando-Te, atravesso muitas lutas: / Estou crucificada e sepultada Contigo no Teu batismo; / e por amor a Ti padeço / para que eu possa Contigo reinar./ Eu morro por Ti para Contigo viver. / Aceita-me como sacrifício imaculado, / posto que me sacrifico por amor a Ti." /  E pelas súplicas de Santa Marina, salva as nossas almas, / posto que És misericordioso. 
Tropárion da Santa Mártir Cristina Tom 4 
Tu eras conhecida como uma pomba radiante com asas de ouro, / e voaste alto até as alturas do céu, ó honrada Cristina. / Por isso, celebramos tua gloriosa festa, / curvando-nos diante do santuário de tuas relíquias com fé, // de onde a cura divina para almas e corpos jorra sobre todos em abundância. 
Leituras Bíblicas
Lucas 21:12-19 Matinas
Romanos 8:28-39
João 15:17-16:2
Bóris e Gleb, Os santos Grão-Duques Martires 
Os grão-duques Boris e Gleb eram filhos do semelhante aos apóstolos grão-duque Vladimir e princesa Anna de Bizâncio. Desde a infância eles se destacavam pela sua religiosidade. Dos anais, sabe-se que o grão-duque Bóris gostava muitos dos cânticos da igreja. Santo grão-duque Vladimir sentia muita ternura pelos dois, devido a sua abnegação à Santa Fé e pela seu amor fraterno muito carinhoso de um pelo outro.

Ainda durante sua vida o grão-duque Boris recebeu a administração do ducado de Rostov, e Glieb, o de Murmansk. Ambos aplicaram grandes esforços na divulgação da fé cristã em seus ducados em meio de rudes pagãos. São Gleb é considerado o iluminador da região de Murmansk-Riazan, onde desde os tempos antiquíssimos e até hoje, conserva-se sua memória, como primeiro pregador do cristianismo e o protetor do país.

Em 1015, após a morte de São Vladimir o grão-ducado foi tomado pelo Sviatopolk que foi apelidado de Furioso. Temendo a adversidade dos santos irmãos, ele resolveu matá-los. São Bóris estava naquele tempo com seu exército junto do rio Alta. O exército oferecia-lhe a ir contra Kiev e tomar o poder do grão-ducado, mas São Bóris não quis destruir os laços sagrados das relações de parentesco e indignado recusou a oferta. Entretanto Sviatopolk informando o São Bóris sobre a morte do pai, traiçoeiramente oferecia-lhe manter relações de bem-querença, prometendo-lhe aumentar sua propriedade, enviando-lhe juntamente os assassinos. Na noite de 24 de julho, os assassinos chegaram à tenda de Bóris e escutando o canto dos salmos vindo de dentro, resolveram esperar quando Bóris adormecesse. Assim que o Santo grão-duque se deitou na cama, os assassinos invadiram a tenda e cravaram o corpo do santo com as lanças assim como o de seu criado Jorge, que era húngaro e tentava proteger o seu amo com o próprio corpo. O mártir, ainda respirando, foi envolto com o pano da tenda e levado a Sviatopolk, que ao saber que São Bóris ainda estava vivo, mandou dois variagues traspassar com a espada seu coração. O corpo do santo grão-duque secretamente foi trazido para Vishgorod e aí sepultado na igreja de São Basílio.

Após o assassinato de São Bóris, Sviatopolk mandou atrás de São Gleb, que estava na ocasião próximo de Smolensk, para trazê-lo à presença do pai supostamente adoentado gravemente. O jovem grão-duque já avisado sobre a maldade de Sviatopolk com lágrimas rezava pela alma do pai e irmão quando os assassinos chegaram a ele, mandados por Sviatopolk. Goracer que encabeçava os assassinos mandou o seu próprio cozinheiro, que era descendente de turcos, esfaquear o grão-duque. Isto ocorreu 5 de setembro de 1015.

Em 1019 após a ocupação do Kiev por Iaroslav Vladimirovich (filho de Vladimir), graças à preocupação deste grão-duque, o corpo de São Gleb foi encontrado, trazido para Vishgorod e sepultado junto do corpo de São Bóris. Logo no túmulo dos grão-duques começaram a acontecer milagres. Quando a igreja de São Basílio se queimou, os restos mortais dos grão-duques foram transladados para recém-construída igreja em sua homenagem em Vishgorod. Durante a abertura dos caixões dos grão-duques, o metropolita João com os sacerdotes viram o milagre: os corpos dos santos apareceram brancos como a neve, os seus rostos reluziam com a luz celestial, tanto que o metropolita e todo povo se espantavam, sentindo um aroma especial.

Em 1240 durante a ocupação de Kiev, pelo Batii, os restos mortais dos Santos Boris e Gleb desapareceram. A memória de ambos os grão-duques mártires se honra na Rússia desde os tempos antigos, o que se testemunha, entre outras coisas pelos numerosos mosteiros e igrejas em sua homenagem, que permaneceram até hoje, em vários cantos da Rússia.  
O povo russo via nos santos grão-duques mártires, os seus protetores que rezavam por ele. Os anais estão cheios de narrativas sobre as curas milagrosas que aconteceram ao pé dos restos mortais dos santos e sobre as vitórias que celebravam com sua ajuda (por exemplo: do Riurik Rostislavich sobre o Konchak; do santo Alexandre de Neva sobre os alemães).

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

1 Coríntios 6:20-7:12

Fragmento 136 - Irmãos, fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da luxúria, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento. Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor se casar do que se abrasar. Todavia, aos casados mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.

Mateus 14:1-13

Fragmento 57 - Naquela época, ouviu Herodes, o Tetrarca, a fama de Jesus, e disse aos seus criados: Este é João, o Batista; ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele. Porque Herodes tinha prendido João, e tinha-o maniatado e encerrado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo; porque o tinham como profeta. Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse; E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. E mandou degolar João no cárcere. E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe. E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus. E Jesus, ouvindo isto, retirou-Se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, O seguiu a pé desde as cidades.

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