sábado, 17 de agosto de 2024

8º Sábado Depois de Pentecostes


17 de Agosto 2024 (CC) / 04 de Agosto (CE)
Santos Sete Jovens Dormentes de Éfeso, 
Maximiliano, Jâmblico, Martiniano, João, Dionísio, Constantino e Antonino († 250).
jejum da Dormição (Azeite é permitido)
Tom 6



São Maximiliano era o filho do Administrador da cidade Éfeso, e os outros seis jovens eram filhos de outros ilustres cidadãos de Éfeso. Os jovens eram amigos desde a infância, e todos estavam cumprindo juntos o serviço militar.

Quando o imperador Décio (249-251) chegou a Éfeso, ordenou que todos os cidadãos fossem ofertar sacrifícios aos deuses pagãos, e quem não o fizesse, sofreria com a tortura e a morte por execução.

Através de uma denúncia os sete jovens de Éfeso foram convocados para responder às acusações. Em pé perante o Imperador, os sete jovens confessaram a sua fé em Cristo. Imediatamente as divisas militares dos jovens foram tomadas deles. Décio considerou que os expulsando do exército os faria abandonar a fé pelo desejo de voltarem as campanhas militares.

No entanto, os jovens fugiram da cidade e se esconderam em uma caverna no Monte Okhlonos, onde passaram seu tempo em oração, preparando-se para o martírio. O mais novo deles, São Jâmblico, se vestiu com roupas de mendigo, entrou na cidade para comprar pão.

Em uma dessas viagens para a cidade, ouviu que o imperador estava os procurando para os levar a julgamento. São Maximiliano exortou seus companheiros a sairem da caverna e bravamente aparecer no julgamento. Contudo, ao descobrir o esconderijo dos rapazes, o Imperador deu ordens para vedar a entrada da caverna com pedras, para que os rapazes morressem de fome e de sede. Pela obra de dois cristãos desconhecidos (muitos viviam a ocultar a sua fé, para escapar do martírio), no desejo de preservar a memória dos santos, instalou entre as pedras um recipiente lacrado, no qual foram localizados dois feixes de estanho. Nelas estavam inscritos os nomes dos sete jovens e os detalhes do seu sofrimento e morte. Mas o Senhor submeteu os jovens a uma especie de adormecimento milagroso, que os fez dormir por quase dois séculos.

Após esse tempo as perseguições contra os cristãos tinham cessado. No entanto, durante o reinado do Santo imperador Teodósio, o Jovem (408-450) tenham surgido hereges que rejeitavam a crença na ressurreição dos mortos e na Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

Alguns deles disseram: "Como pode haver uma ressurreição dos mortos, quando não haveria nem alma, nem o corpo, uma vez que foram desintegrados?"

Outros afirmavam: "Somente as almas poderiam ser restauradas, uma vez que é impossível para corpos ressurgir e viver depois de mil anos, quando até mesmo a poeira deles não existe mais".

O Senhor, portanto, revelou o mistério da Ressurreição dos Mortos e da vida futura através de seus sete jovens de Éfeso. Um mestre de obras que trabalhava nas proximidades do monte Okhlonos descobriu a construção de pedra, e os seus trabalhadores abriram as passagens para a caverna. O Senhor havia mantido vivo os jovens, e eles como que se despertassem de seu sono habitual, sem suspeitar que haviam adormecido por quase 200 anos! Seus corpos e roupas estavam intactos, sem qualquer sinal da passagem do tempo!

Preparando-se para aceitar a tortura, os jovens confiaram a São Jâmblico a ida novamente a cidade para comprar pão para que eles pudessem se apresentar para o martírio com boa disposição física.

No caminho para a cidade, o jovem foi surpreendido ao ver o Santa Cruz gravada nos portões das casas. E ouviu o nome de Jesus ser pronunciado livremente pelas pessoas nas ruas, e nisso começou a duvidar de que ele estava se aproximando de sua própria cidade.
 
Ao comprar o pão, o jovem deu uma moeda ao padeiro com a imagem do imperador Décio gravada nela. Naquele tempo havia uma horda de criminosos, usando dinheiro velho para enganar comerciantes. E nisso São Jâmblico foi detido como suspeito de fazer parte do grupo de falsários, e foi levado ao administrador da cidade, que naquele momento era o Bispo de Éfeso.

Ao ouvir as respostas desconcertantes do jovem (contando que era um habitante da Éfeso dos tempos do imperador Décio), o Bispo percebeu que Deus estava revelando por meio daquele jovem algum tipo de mistério, e nisso partiu, junto com uma comitiva, para a tal caverna, na qual estariam os outros 6 jovens.

Na entrada da caverna, o bispo encontrou o recipiente fechado e o abriu. Ele então leu o que estava gravado nos feixes de estanho: os nomes dos sete jovens e os detalhes da vedação da caverna sob as ordens do imperador Décio.

Ao adentrar na caverna e ver os jovens vivos, todos da comitiva se alegraram e perceberam que o Senhor, através do despertar dos jovens, após um longo sono, estava revelando à Igreja o mistério da Ressurreição dos Mortos. Posteriormente, o próprio imperador chegou a Éfeso e conversou com os jovens. Contudo, após algum tempo da revelação, os jovens santos, diante de todos, deitaram no chão e voltaram a adormecer, desta vez até a Ressurreição de todos, no Dia do Juízo. O imperador desejava colocar cada um dos jovens em um caixão coberto de jóias, mas os santos apareceram ao imperador em um sonho, pedindo que seus corpos fossem deixados na caverna.

No século XII o peregrino russo Higumeno Daniel visitou a caverna na qual permaneciam adormecidos os sete jovens santos. Além do dia 04 de Agosto, os Sete Santos Jovens adormecidos de Éfeso são comemorados no dia 22 de Outubro. A data de Agosto se refere ao dia nos quais eles adormeceram, e Outubro se refere ao despertar dos Santos. Os jovens santos são mencionados também no serviço do Ano Novo Litúrgico, no dia 14 de Setembro.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Romanos 13:1-19

1 Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. 2 Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; 4 porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. 5 Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. 6 Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo. 7 Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. 8 A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei. 9 Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 10 O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei.

Mateus 12:30-37

30 Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. 31 Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. 32 Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro. 33 Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. 34 Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. 35 O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36 Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. 37 Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.

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