04 de Setembro de 2024 (CC) / 22 de Agosto (CE)
Santo Mártir Agatônico e seus companheiros
(Zotikos, Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon e outros (+ C. 305-311)
(Zotikos, Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon e outros (+ C. 305-311)
Tom 1
Agatônico era de uma ilustre descendência de Hypasians, e viveu em Nicomédia. Tendo se tornado muito instruído nas Escrituras Sagradas, converteu à fé cristã muitos pagãos, incluindo um dos membros mais eminente do Senado. Foi preso pelo nobre Evtolmios que retornava de sua viagem ao Ponto, onde tinha ido perseguir aos cristãos. Em Karpi encontrou Zotikos e o matou, juntamente com os seus discípulos. Estando nesta região, tomou conhecimento sobre o príncipe que se havia convertido à fé cristã e se batizado, influenciado por Agatônico. Ordenou então que o príncipe e Agatônico fossem presos e, depois de submetê-los a castigos, levou-os ao rei que se encontrava em Trácia. No caminho, porém, próximo de um povoado denominado Potamos, morreram Zinon, Theoprepios, Akyndinos e Severiano, em conseqüência dos graves ferimentos em seus pés que já havia impedido de prosseguirem caminhando. Aproximando-se de povoado de Silybria, Agatônico, Prigkipas e outros cristãos, assim como se encontravam, amarrados, foram decapitados por ordem real. Tiveram assim seus nomes inscritos no livro da vida eterna os santos mártires Agatônico e, junto com ele, Zotikos, Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon, Prigkipas e outros. Isto se deu durante o reinado do imperador Maximiano (284-305).
As relíquias do Mártir Agatônico encontra-se no interior de uma igreja a ele dedicada em Constantinopla, no ano 1200. No século XIV Philotheos, Arcebispo de Selymbria, dedicou ao Mártir Santo Agatônico um discurso de louvou.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
1 Coríntios 16:4-12
Fragmento 165 - Irmãos, se me convém ir, também aos escolhidos por vós levarei comigo. Irei, porém, ter convosco depois de ter passado pela Macedônia (porque tenho de passar pela Macedônia). E bem pode ser que fique convosco, e passe também o inverno, para que me acompanheis aonde quer que eu for. Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar convosco algum tempo, se o Senhor o permitir. Ficarei, porém, em Éfeso até o Pentecostes; porque uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos adversários. E, se Timóteo for, vede que esteja sem temor convosco; porque trabalha na obra do Senhor, como eu também. Portanto, ninguém o despreze, mas acompanhai-o em paz, para que venha ter comigo; pois o espero com os irmãos. E, acerca do irmão Apolo, roguei-lhe muito que fosse com os irmãos ter convosco, mas, na verdade, não teve vontade de ir agora; irá, porém, quando se lhe oferecer boa ocasião.
Mateus 21:28-32
Fragmento 86 - O Senhor disse esta parábola: Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
COMENTÁRIO
Novamente o Senhor disputa com eles por meio de parábolas, para dar-lhes a entender, por um lado, a ingratidão deles e, por outro, a docilidade daqueles mesmos que condenavam categoricamente.
Porque estes dois filhos manifestam o que aconteceu com os judeus e com os gentios. Porque foi assim que os gentios, que não tinham prometido obedecer e nunca ouviram a lei, em suas obras mostraram sua obediência; e os judeus, que disseram: Tudo quanto o Senhor disser o faremos e obedeceremos, mas em suas obras lhe desobedeceram. Justamente porque não pensaram que a lei lhes serviria para alguma coisa, ele lhes faz ver que ela seria motivo de maior condenação. O que vem a ser o mesmo que Paulo afirma quando diz: Nem os que ouvem a lei são justos diante de Deus, mas os que cumprem a lei serão justificados. E notemos que, para que sejam eles que se condenem a si mesmos, o Senhor lhes obriga a responder a sua pergunta, que era como pronunciar sua própria sentença. O mesmo faz em seguida na parábola da vinha.
Para consegui-lo põe a culpa em outra pessoa. Como diretamente não o queriam confessar, vai conduzindo-os para onde quer através da parábola. Mas já que eles mesmos, sem entender o que diziam, pronunciavam sua sentença, o Senhor passa a revelar-lhes aquilo que estava como que na sombra e lhes diz: Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele.
Se lhes houvesse dito simplesmente: “As prostitutas vos precedem”, sua palavra teria parecido dura; agora, porém, quando foram eles mesmos que deram a sua sentença, aquela dureza desaparece. Daí que acrescenta também a causa: E que causa é essa? Veio João, diz, a vós, e não a eles. Ainda mais: Veio num caminho de justiça. Por que não acusais a João de ter sido um homem negligente e inútil? Não, sua vida foi irreprovável, e seu zelo extraordinário; e, contudo, não lhe destes atenção. E juntamente com esta, outra culpa: que os publicanos lhe deram atenção. E outra ainda: que mesmo depois deles vós não crestes. Porque o seu dever era ter crido antes; mas o não ter crido, mesmo depois, já é pecado que não tem perdão possível.
Grande louvor dos publicanos e maior condenação dos fariseus: “Veio a vós, e não o recebestes; não veio aos publicanos e o receberam. E nem mesmo a estes quereis por mestres”. Olhem por quantos modos louva alguns e condena a outros: “Veio a vós, não a eles. Vós não crestes, e isto não lhes escandalizou. Eles creram, e isto não foi de vosso proveito”. De outra forma, diz: Vos precedem, não quer dizer que eles sigam, mas sim que, se querem, têm esperança de segui-los. Realmente, nada como a rivalidade desperta as pessoas rudes. Eis por que o Senhor repita a cada passo: Os últimos serão os primeiros e os primeiros os últimos.
São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla (séc. V)
Sermão sobre o Evangelho de São Mateus
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