13 de Junho de 2024 (CC) / 31 de Maio (CE)
Ss. Mártires Georgianos da Pérsia (Comemorados no dia da Santa Ascensão)
São Hermas, Apóstolo [dos 70]; Hermías, Mártir († 160)
Tom 5
Em 1616, o sanguinário governante persa Shah Abbas I, invadiu a Geórgia com um enorme exército. Seu objetivo era nivelar o país completamente, para não deixar um único edifício em pé. O exército do Xá sequestrou centenas de milhares de georgianos cakhetianos* e os enviou para a Pérsia para serem vendidos como escravos. Ele, também, estabeleceu uma população Turco-otamana nas regiões recém-despovoadas da Geórgia. Em colaboração com o Xá, muitos povos Lezgin do norte montanhoso do Cáucaso se mudaram para o sul para ocupar as casas dos georgianos exilados.
O viajante italiano do século XVII, Pietro Della Valle descreveu deste modo o exílio georgiano na Pérsia:
“Seria muito longo para narrar tudo o que se passou nesta miserável migração, quantos assassinatos, quantas mortes causadas por privações, quantas seduções, estupros, e atos de violência, quantas crianças afogadas pelos próprios pais ou lançadas nos rios pelo desespero; algumas arrancadas à força do seio da mãe porque pareciam fracas demais para viver, e jogadas à beira do caminho e abandonadas ali para servir de comida para as feras ou pisoteado pelos cavalos e camelos do exército, que marchavam durante um dia inteiro em cima de cadáveres; quantos filhos separados de seus pais, esposas de seus maridos, irmãs de seus irmãos e levados para países distantes sem esperança de se encontrarem novamente. Por todo o acampamento, homens e mulheres eram vendidos, nesta ocasião, muito mais baratos que os animais, por causa do grande número deles”.**
Os exilados georgianos na Pérsia incluíam um grande número de clérigos. Muitos deles celebravam os Ofícios Divinos em segredo e inspiravam o povo a permanecer fiel a Deus. Os descobertos foram punidos severamente. Muitos georgianos foram martirizados pela fé cristã durante o exílio persa. Não apenas pesquisadores georgianos, mas historiadores e viajantes de outras nacionalidades atestam a verdade disso. Além disso, os georgianos étnicos que atualmente residem em territórios anteriormente persas, continuam a comemorar seus ancestrais tombados até hoje. Fazem peregrinações aos locais onde os seus antepassados foram martirizados e ali preparam festas em honra da sua memória. Um desses sítios foi chamado de “Ascensão”.
Da língua, da pátria e da fé, apenas a língua permanece viva entre os georgianos nos antigos territórios persas. A maioria perdeu contato com sua pátria e com a fé cristã. Aqueles afortunados o suficiente para poder retornar à Geórgia, retornam à Fé Ortodoxa. Em 2001, quando o Patriarca Ilia II visitou os georgianos étnicos no Irã, ele os presenteou com um monte de areia georgiana. Com grande emoção os georgianos espalharam o solo sobre o terreno onde seus ancestrais foram martirizados.
Em 18 de setembro de 2003, o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa da Geórgia, declarou todos os martirizados nas mãos dos muçulmanos nos séculos XVII e XVIII, dignos de serem contados entre os santos. O dia da sua comemoração foi marcado na Festa da Santa Ascensão, em homenagem ao lugar onde muitos deles foram martirizados.
* Os Cakhetianos são um subgrupo etnográfico da Geórgia, conhecidos por serem grandes produtores e bebedores de vinho), que falam o dialeto cakhetiano da língua georgiana e possuidores de uma cultura muito pitoresca.
** Citado por David Marshall Lang; "Lives and Legends of the Georgian Church"; Londres: George Allen & Unwin Ltd., 1956, p. 170.)
Comemoração de São Hermias
Tendo pregado aos pagãos, Hermas padeceu entre estes muitos sofrimentos, mas, morreu em paz. São Hermías foi um soldado da reserva. Era um dos mais valentes soldados da sua tropa e nunca recuou diante do inimigo, mesmo nas derrotas.
Quando teve início a perseguição aos cristãos, nos tempos do rei Marco Antonio, Ermías foi também conduzido à prisão, Então, o governador Sebastiano ordenou a Ermías que fizesse um sacrifício aos ídolos. Esta ordem surpreendeu o santo que, sorrindo, disse:
“Seria pouco inteligente e até estranho, Governador, deixar a luz e adorar a obscuridade, abandonar a verdade e abraçar-me com a mentira; perder a vida e me deixar cair na morte".
Então, o Governador ordenou que ele fosse lançado no fogo. No meio das chamas, milagrosamente, o santo permaneceu incólume, sem nenhum sinal de queimadura. Santo Ermías morreu, mais tarde,
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
MATINAS (III)
Marcos 16:9-20
Fragmento 71 - Naquela época, tendo Jesus ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando. E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram. Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.
LITURGIA
Primeira Antífona.
1. Povos todos batei palmas, aclamai a Deus com hinos de louvor.
Refrão: Pelas orações da Mãe de Deus, Ó Salvador, salva-nos!
2. Pois, o Senhor, o Deus Altíssimo É temível em toda a terra
3. Ele submeteu os povos sob o nosso jugo, e as nações por debaixo dos nossos pés.
4. Por entre aclamações o Senhor ascendeu, o Senhor se elevou ao toque da trombeta.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, eternamente agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Segunda Antífona
1. Grande É o Senhor e mui Digno de louvor na cidade do nosso Deus.
Refrão: Salva-nos, ó Filho de Deus, Tu que em glórias ascendeste aos céus: nós que a Ti cantamos: Aleluia!
2. Deus É reconhecido em Sua fortaleza.
3. Perante Ele vem a congregação dos reis.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, eternamente agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Terceira Antífona
1. Escutai, ó povos todos; dai ouvidos, ó habitantes do universo.
Tropárion: Subiste glorioso ao céu, ó Cristo nosso Deus,/ enchendo de júbilo os discípulos/ pela promessa do Espírito Santo,/ e confirmando-os por Tua bênção,/ porque És o Filho de Deus, o Redentor do mundo.
2. Homens todos: ricos e pobres.
3. Minha boca falará sabedoria, a meditação do meu coração compreenderá.
4. Inclinarei os meus ouvidos às parábolas, decifrarei enigmas com a salmodia.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, eternamente agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Tropárion da Ascensão, no 4º Tom: Tu ascendeste em glória, Ó Cristo nosso Deus, / enchendo de júbilo os Teus discípulos com a promessa do Espírito Santo; / e os confirmaste com a Tua bênção, / Ó Tu que És o Filho de Deus, // e o Redentor do mundo.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.
6º Tom: Quando cumpriste a Tua dispensação por nossa causa, / unindo as coisas da terra com os céus, / Tu ascendeste em glória, ó Cristo nosso Deus, / não partindo daqui, mas permanecendo inseparável de nós, / e clamando aos que Te amam: // Eu estou com você, e ninguém será contra você.
Prokímenon, no 7º Tom
R. Sê exaltado acima dos céus, ó Deus, e Tua glória acima de toda a terra. (Sl. 107:5)
V. Pronto está meu coração, ó Deus, pronto está meu coração; Cantarei e cantarei em minha glória. (Sl. 107:2)
Fragmento 1A - O primeiro livro que te escrevi, Teófilo, acerca de tudo o que Jesus fez e o que ensinou desde o início até o dia em que ascendeu, dando mandamentos pelo Espírito Santo aos Apóstolos, a que Ele escolhera, aos quais Se revelou vivo, depois de Seu sofrimento, com muitas provas fiéis, durante quarenta dias aparecendo a eles e falando sobre o Reino de Deus. E, reunindo-os, ordenou-lhes: não saissem de Jerusalém, mas esperassem pelo Prometido do Pai, sobre Quem de mim ouvistes, porque João batizou com água, e vós, em poucos dias depois disso, sereis batizados com o Espírito Santo. E, estando eles perguntaram-Lhe, dizendo: Senhor, será neste tempo em que restaurarás o reino a Israel? Ele lhes disse: Não vos pertence saber os tempos ou estações que o Pai colocou em Seu poder, mas recebereis poder quando o Espírito Santo vier sobre vós, e você sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, e em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. E, tendo dito isso, enquanto eles olhavam, Jesus foi elevado aos céus e uma nuvem o escondeu de seus olhos. E, enquanto olhavam para o céu, durante Sua partida, dois homens apareceram-lhes em vestes brancas e disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, elevado diante de vós ao céu, virá da mesma maneira que você O viste subir. Então eles voltaram a Jerusalém da montanha chamada Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, na distância da jornada do sábado.
Aleluia, no 2º Tom
Aleluia, Aleluia, Aleluia! (3x)
Por entre aclamações o Senhor ascendeu, o Senhor se elevou ao toque da trombeta.
Povos todos batei palmas, aclamai a Deus com hinos de louvor.
Lucas 24:36-53
Fragmento 114 - Naqueles dias, tendo o Senhor ressuscitado dentre os mortos, o Próprio Jesus Se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Ele, porém, lhes disse: Por que estais perturbados? E por que surgem dúvidas em vossos corações? Olhai as Minhas mãos e os Meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-Me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que Eu tenho. E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então Lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual Ele tomou e comeu diante deles. Depois lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em Seu Nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. E eis que sobre vós envio a Promessa de Meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. Então os levou fora, até Betânia; e levantando as mãos, os abençoou. E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-Se deles; e foi elevado ao céu. E, depois de O adorarem, voltaram com grande júbilo para Jerusalém; e estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Zadostoinik
Em vez de “Verdadeiramente é digno…” cantamos o Irmos da 9ª Ode do Primeiro Cânone da festa, Quinto Tom:
R. Magnifica ó minha alma, / Cristo, o Doador da Vida, // Que ascendeu da terra ao céu.
Irmos: Ó tu que és a Mãe de Deus que transcende a mente e a palavra, / que inefavelmente no tempo deu à luz o Atemporal, / uniste os fiéis a ti, // exaltando-nos contigo.
Subiu Deus por entre aclamações,
o Senhor, ao som das trombetas.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Em vez de “Vimos a verdadeira luz…” cantamos o Tropário da Festa.
† † †
HOMILIA DA ASCENSÃO DE CRISTO
Por Protopresbítero George Dion Dragas*
A Ascensão como o auge das Festas do Senhor:
Como brilhante e maravilhosa é esta festa! É o auge de todas as festas do Senhor, porque com ela o sagrado propósito da Encarnação do Indizível Verbo de Deus se conclui, conforme a Divina economia. Para que o Filho e Verbo de Deus feito homem, foi submetido a paixão, a morte, a ressurreição e a ascensão ...? Todos estes eventos aconteceram de modo que a natureza humana não permanecesse prostrada, mas se elevasse para o céu, para que se tornasse divinizada e glorificada, de acordo com o projeto original do Criador. Esta, então, era a finalidade para a qual o Filho de Deus se dignou a assumir em Sua Santíssima pessoa (hipóstase) a nossa natureza humana, que havia caído de sua condição original, a fim de renová-la com a sua crucificação e ressurreição e erguê-la para as alturas celestiais com sua gloriosa ascensão, apresentando-a a Deus, o Pai, como o troféu radiante de Sua vitória.
A Ascensão como o triunfo da natureza humana:
Na Ascensão de Cristo, Deus o Pai aceitou as primícias de nossa humanidade, e se agradou não só por causa da dignidade d’Aquele que a ofereceu, mas também pela pureza da oferta . Esta, então, é a vitória perfeita contra o pecado. Este é o triunfo da natureza humana. A natureza humana não poderia ter descido para um ponto mais baixo do que a que chegou após a queda de Adão, mas também não poderia ascender a um ponto mais alto do que aquele em que o novo (ou último) Adão a ergueu com sua ascensão!
A Ascensão que o benefício final oferecido por Deus ao homem:
O que a mente poderia apreender das dimensões reais deste evento? A natureza desamparada e frágil ser humano, a natureza que fugiu de Deus e foi exilada do paraíso, a natureza rasteira, miserável condenada e escravizada dos seres humanos torna-se hoje mais gloriosa do que a dos anjos, projetada para sentar-se com Cristo no seio do Pai, agora é adorada por toda a criação visível e invisível! Que linguagem há que possa louvar a magnitude desta celebração ou descrever dignamente a maravilha da beneficência de Deus aos seres humanos? Hoje, a desejada entrada no paraíso, a Jerusalém celeste, é aberta aos descendentes do exilado Adão. Hoje, a restauração do novo Israel na Terra Prometida é realizada.
A Ascensão como a vitória final de Cristo para o homem:
Hoje, no Monte das Oliveiras o Céu e a Terra se beijam e anjos e seres humanos estão unidos. Aqui, o coro dos Apóstolos cumprimenta seu doce Mestre com alegria em sua partida, e as Ordens dos Anjos saúdam o Rei dos Céus com alegria inefável. Aqui, o cativeiro, é levado cativo pelo Vencedor da morte com a sua ascensão às alturas, ou seja, as almas dos justos que foram redimidos, têm seus olhos em seu Redentor com sentimentos de euforia e alegria. Aqui também, a Sua Mãe, a Virgem pura, se despede do seu Filho amado, o Qual sobe ao Céu, onde Deus, o Pai acolhe o seu Filho unigênito e O faz sentar sentar à Sua direita. Aqui, no prestigioso Monte das Oliveiras, também nós somos chamados a elevar nossas mentes e nos tornarmos testemunhas oculares dos eventos grandes e maravilhosos que ocorreram, tendo como nosso guia Lucas, o teólogo, o único entre os Evangelistas a narrar – de forma breve, mas no melhor estilo das narrativas sacerdotais - a solene e gloriosa ascensão de nosso Senhor e Deus e Salvador Jesus Cristo.
Por que a Ascensão ter lugar 40 dias após e não imediatamente após a Ressurreição?
O Senhor da vida, rompeu os laços da morte por sua ressurreição e se reuniu com seus discípulos durante 40 dias; ressurreição que se tornou para eles inconteste por meio de várias provas. Cristo não subiu ao céu no dia em que ressuscitou, porque um evento como esse teria levantado dúvidas e perguntas. Se ele tivesse feito isso, muitos dos incrédulos estariam em condições de projetar o argumento de que a ressurreição era mais um sonho de aspirações piedosas que facilmente surgem e desaparecem mais facilmente. Por este motivo, então, Cristo permaneceu por 40 dias sobre a terra, e apareceu aos seus discípulos várias vezes, mostrando-lhes as marcas de suas feridas, explicando-lhes as profecias que Ele cumpriu em sua vida e sofrimentos como homem, e até mesmo comeu com eles.
* O Protopresbítero George Dion Dragas é um proeminente mestre e escritor Ortodoxo da atualidade. Padre George ensina Patrística na Escola Ortodoxa Grega de Teologia Santa Cruz em Brookline, Massachusetts (EUA).
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