APODOSIS DA FESTA DA ASCENÇÃO
21 de Junho de 2004 (CC) / 08 de Junho (CE)
Traslado das Santas Relíquias do Megalomártir Theodoro, o General;
Santas Monjas Melania e Marta de Calíope
Santas Monjas Melania e Marta de Calíope
Jejum (Peixe é permitido)
Tom 6
O Santo Grande Mártir Teodoro Estratelates é comemorado em 8 de fevereiro e naquele dia sua vida é recontada. Entretanto, em 8 de junho se comemora o translado de suas relíquias de Heraklion para Euchaita.
Antes de seu martírio, Santo Teodoro deixou as seguintes instruções em seu testamento para Varus seu servo:
"Sepulte meu corpo em Euchaita na propriedade de meus ancestrais".
Santo Anastásio do Sinai escreve a respeito do milagre do ícone de São Teodoro:
Na cidade de Karsat próximo a Damasco, havia uma igreja dedicada a São Teodoro Estretelates. Quando os sarracenos conquistaram Damasco, um grupo de sarracenos tomou residência nesta igreja com suas esposas e filhos. Havia um afresco da imagem de São Teodoro na parede. Um dos sarracenos lançou uma flecha na imagem do santo na face. Imediatamente sangue fluiu da imagem. Logo depois daquilo o grupo inteiro de sarracenos pereceu na igreja. Santo Anastásio disse que ele esteve pessoalmente naquela igreja, viu a imagem do santo na parede e traços de sangue coagulado.
Santa Melânia, a Anciã
A três vezes abençoada Melânia Divas, era espanhola de origem e romana por cidadania, visto que filha do Cônsul Marcelino. Melânia casou com Max Valério, o qual provavelmente fora prefeito de Roma, e com este teve um filho por nome Publícola, o qual, mais tarde se tornaria senador e casaria com Albina, uma jovem cristã, mas que era filha de um sacerdote pagão. Desta união nascera a neta de santa Melânia, que herdou também seu nome, e mais tarde se tornou uma grande santa, ficando conhecida como Melânia, a Jovem (comemorada em 31 de dezembro).
Tendo já secretamente a vocação Divina para a vida monástica, Melânia não hesitou em deixar seu filho com os tutores e foi prontamente para Alexandria, acompanhada de cinquenta jovens donzelas consagradas a Deus. Depois de vender seus bens, Melânia foi viver montanha de Nítria, se dedicando a peregrinar pelos desertos, visitando os santos eremitas que neles viviam e os ajudando em suas necessidades.
Uma turbulência política em Alexandria atingiu doze bispos e outros santos que lhes eram amigos de Melânia, os quais foram perseguidos e banidos da cidade, e ela lhes prestou solidariedade e socorro.
Melânia fundou um mosteiro em Jerusalém onde – com seus próprios recursos - abrigava os santos perseguidos e vítimas de infortúnio. Não somete isto, mas também com seu dinheiro ajudava igrejas, mosteiros e prisioneiros em toda a parte, na Pérsia, em Roma e por várias partes do mundo conhecido. Seu exemplo, inspirou seu filho e outros parentes que eram nobres, a serem ricos em generosidade, os quais, com os seus bens, a ajudavam em seu socorro aos pobres.
Atos 21:26-32
Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta. E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele, Clamando: Homens israelitas, acudi; este é o homem que por todas as partes ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar. Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo. E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam. E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão;O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.
João 16:2-13
† † †
O Dom do Pai em Cristo
O Senhor mandou batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, quer dizer, professando a fé no Criador, no Filho e no que é chamado Dom de Deus.
Um só é o Criador de todas as coisas. Pois um só é Deus Pai, de quem tudo procede; um só é o Filho Unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo, por quem tudo foi feito; e um só é o Espírito, que foi dado a todos nós.
Todas as coisas são ordenadas segundo suas capacidades e méritos: um só é o Poder, do qual tudo procede; um só é o Filho, por quem tudo começa; e um só é o Dom, que é penhor da esperança perfeita. Nada falta a tão grande perfeição. Tudo é perfeitíssimo na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo: a infinidade no Eterno, o esplendor na Imagem, a atividade no Dom.
Escutemos o que diz a palavra do Senhor sobre a ação do Espírito em nós: Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de compreendê-las agora (Jo 16,12), É bom para vós que eu parta: se eu me for, vos mandarei o Defensor (cf. Jo 16,7).
Em outro lugar: Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará uni outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade (Jo 14,16-17). Ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Ele me glorificará porque receberá do que é meu (Jo 16,13-14).
Estas palavras, entre muitas outras, foram ditas para nos dar a conhecer a vontade daquele que confere o Dom e a natureza e a perfeição do mesmo Dom. Por conseguinte, já que a nossa fraqueza não nos permite compreender nem o Pai nem o Filho, o Dom que é o Espírito Santo estabelece um certo contato entre nós e Deus, para iluminar a nossa fé nas dificuldades relativas à encarnação de Deus.
Assim, o Espírito Santo é recebido para nos tornar capazes de compreender. Como o corpo natural do homem permaneceria inativo se lhe faltassem os estímulos necessários para as suas funções - os olhos, se não há luz ou não é dia, nada podem fazer; os ouvidos, caso não haja vozes ou sons, não cumprem seu ofício; o olfato, se não sente nenhum odor, para nada serve; não porque percam a sua capacidade natural por falta de estímulo para agir - assim é a alma humana: se não recebe pela fé o Dom que é o Espírito, tem certamente uma natureza capaz de conhecer a Deus, mas falta-lhe a luz para chegar a esse conhecimento.
Este Dom de Cristo está inteiramente à disposição de todos e encontra-se em toda parte; mas é dado na medida do desejo e dos méritos de cada um. Ele está conosco até o fim do mundo; ele é o Consolador no tempo da nossa espera; ele, pela atividade dos seus dons, é o penhor da nossa esperança futura; ele é a luz do nosso espírito; ele é o esplendor das nossas almas.
Santo Hilário, Bispo de Poitier (Sé. IV)
† † †
Nenhum comentário:
Postar um comentário