29 de Fevereiro de 2024 (CC) - 16 de Fevereiro (CE)
Mártires Panfílio, Presbítero; Valens, Diácono; Paulo, Seleucus, Porphyrius, Juliano, Theodulus, Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel, de Caesarea, Palestina (307-309).
Mártires Panfílio, Presbítero; Valens, Diácono; Paulo, Seleucus, Porphyrius, Juliano, Theodulus, Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel, de Caesarea, Palestina (307-309).
Tom 5
Em 309, época dos imperadores Valério Maximiano e Máximo, a perseguição aos cristãos, cujo início deu-se na época de Diocleciano, prosseguia. Cinco egípcios foram visitar os cristãos que, por professarem sua fé foram condenados a trabalhos forçados nas minas da Celícia. Ao regressarem os guardas os detiveram às portas da cidade de Cesárea da Palestina. Os cinco confessaram que eram cristãos e revelaram o motivo de sua viagem.
No dia seguinte, compareceram diante do Governador Firmiliano, juntamente com Panfílio. O juiz, segundo o costume, ordenou que os cinco egípcios fossem torturados antes de serem julgados. Depois de muito sofrerem, foram interrogados pelo Governador sobre seus nomes e nacionalidades. Um deles respondeu que se chamava Elias e que seus companheiros se chamavam Jeremias, Isaias e Daniel. Como Firmiliano insistiu em saber sobre sua nacionalidade, Elias respondeu que era cidadão de Jerusalém, referindo-se a Jerusalém Celeste, verdadeira Pátria de todos os cristãos. O governador então ordenou que torturassem Elias. E logo foi açoitado com as mãos atadas às costas e os pés amarrados a um tronco. Depois, o Governador mandou que os cinco fossem decapitados. E a ordem foi executada imediatamente.
Porfírio, jovem servo de Panfílio, prometeu que o corpo de seu senhor e de seus companheiros não ficariam sem sepultura. Firmiliano, quando soube da intenção de Porfírio, mandou que o prendessem. Por ter confessado que também era cristão e negado a oferecer sacrifícios aos deuses dos pagãos, o juiz mandou que Porfírio fosse cruelmente açoitado, a ponto de seus ossos e entranhas ficarem expostos. Porfírio sofreu calado, sem exalar um suspiro. Em seguida, o Governador mandou que acendessem um fogueira em forma de circulo e que o colocassem no centro. Lá permaneceu por muito tempo, sofrendo a ação das chamas enquanto entoava louvores a Deus e invocava o Nome de Jesus, até que a morte pôs fim a seu lento e glorioso martírio.
Um outro cristão chamado Seleuco, assistia ao martírio de seu companheiro e elogiava sua fé. Os soldados o denunciaram para o Governador, que ordenou sua decapitação,
Tropárion do Mártir Panfílio e Companheiros de Martírio Tom 6: Em seus sofrimentos, ó Senhor, Teus mártires receberam de Ti coroas imperecíveis, / ó, nosso Deus; / pois, tomados de Teu poder, rechaçaram os tiranos / e esmagaram a débil audácia dos demônios. / / Por suas súplicas, salva as nossas almas.
Kondákion Tom 4: Regozijando-se na sabedoria manifestada pelo céu, / quando tormentos terríveis se deparavam diante deles, / os valentes atletas conversavam entre si, / não poupando suas carnes. / Assim, eles herdaram a glória eterna, // sempre orando por nós que louvamos os seus combates.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
1 João 1:8-2:6
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 3 E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. 4 Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; 5 mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; 6 aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.
Marcos 13:31-14:2
31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. 32 Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai. 33 Olhai! vigiai! porque não sabeis quando chegará o tempo. 34 É como se um homem, devendo viajar, ao deixar a sua casa, desse autoridade aos seus servos, a cada um o seu trabalho, e ordenasse também ao porteiro que vigiasse. 35 Vigiai, pois; porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; 36 para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. 37 O que vos digo a vós, a todos o digo: Vigiai. 1 Ora, dali a dois dias era a páscoa e a festa dos pães ázimos; e os principais sacerdotes e os escribas andavam buscando como prender Jesus a traição, para o matarem. 2 Pois eles diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.
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COMENTÁRIO
A palavra de ordem para os servos de Deus é sempre esta: vigiai! Os sinais preditos pelo Senhor não foram dados para serem especulados ou como enigmas que devem ser decifrados. Estão envoltos em mistério inacessível: nem os anjos, nem mesmo o Filho, mas, tão somente o Pai tem as chaves destes mistérios. Estes sinais servem para o reforço da vigilância. Muitos se entregam a investigar e tentar decifrar os tempos e as épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade.
A vigilância é uma atitude de preservar diligentemente o depósito da fé́, o ensino que o Filho recebeu do Pai e o transmitiu para seus Apóstolos a fim de que eles também o transmitissem a todas as nações. Esta palavra não sofre limites espaciais ou temporais. Não se deteriora com o tempo e não pode ser sufocada pelas heresias ou qualquer sistema filosófico por mais bem elaborado que seja à luz da razão humana. Por isto, o Apóstolo João na visão apocalíptica, vê̂ um anjo voando sobre as ruínas da civilização trazendo consigo o Evangelho eterno para ser pregado a toda nação, tribo e língua (Ap. 14:6). Estejamos atentos, pois, não sabemos a que hora virá o nosso Senhor.
A narrativa de São Marcos nos mostra como a falta de vigilância levou os principais sacerdotes e escribas a não perceberem o dia da visitação d’Aquele a quem diziam servir. Faltavam dois dias para a Páscoa, a data mais solene e sagrada do calendário judaico e, os homens aos quais foram confiados os rebanhos do Pai, ao invés de santificarem os seus corações, antes o envenenavam com imaginações perversas, articulando entre si uma estratégia para matar o Santo de Deus, em nome de Deus.
Quando a Igreja estabelece um santo jejum todas as quartas e sextas-feiras, visa trabalhar a vigilância em nosso coração. O jejum da quarta-feira nos lembra a traição de Judas e nos convida a combater em nós as sombras que tomaram conta deste infeliz Apóstolo; e o jejum da sexta-feira nos lembra a crucificação de nosso Senhor e nos encoraja a assumir o nosso Calvário o qual redundará em nosso triunfo e glória que provêm do Pai, por meio do Filho e comunicados pelo Santo e Vivificante Espírito, Deus bendito, agora e sempre, e pelos séculos sem fim. Amém.
Padre Mateus (Antonio Eça)
ORAÇÃO
Julga-me, ó Senhor, pois tenho andado na minha integridade; no Senhor tenho confiado sem vacilar. Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha o meu coração e a minha mente. Pois a tua benignidade está diante dos meus olhos, e tenho andado na tua verdade. Não me tenho assentado com homens falsos, nem associo com dissimuladores. Odeio o ajuntamento de malfeitores; não me sentarei com os ímpios. Lavo as minhas mãos na inocência; e assim, ó Senhor, me acerco do teu altar, para fazer ouvir a voz de louvor, e contar todas as tuas maravilhas. Ó Senhor, eu amo o recinto da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória. Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinolentos, em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos. Quanto a mim, porém, ando na minha integridade; resgata-me e tem compaixãode mim. O meu pé́ está firme em terreno plano; nas congregações bendirei ao Senhor.
Salmo 6
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